O encontro deste ano quer lançar um olhar ecológico sobre o crescimento das cidades em direção às zonas rurais, em uma temática inédita: O DESENHO DA PAISAGEM como planejamento para a ligação entre a cidade e o campo.
Como está essa zona de transição e por que ela é importante?
A maioria das cidades cresce degradando fortemente a paisagem natural e rural, com o objetivo de gerar mais moradias, alimentos e bens pessoais. Estes impactos diminuem nossa qualidade de vida e afetam meio ambiente, educação, infra estrutura, mobilidade e oportunidades de trabalho.
Muitas vezes, o desenho urbano implantado não contempla o que realmente as pessoas necessitam para viver, trabalhar, se divertir e se relacionar, sendo fruto de um modelo econômico e social doentio. Por exemplo, a desvalorização das pessoas do campo torna a agricultura cada vez mais distante, mecanizada e tóxica para a nossa saúde.
Analisando pela geometria urbana, vemos a imposição do desenho de um “xadrez perfeito”, mas que ocasiona diversas patologias na paisagem, como inundações, erosões e poluições da terra e da água.
Podemos ter uma visão realista e positiva do futuro! A ideia não é somente solucionar, reformular ou reformar o existente (rural e urbano), pois, isso já está sendo discutido em prefeituras, universidades, associações e coletivos.
A IDEIA É ORGANIZAR E HARMONIZAR A ZONA DE TRANSIÇÃO ENTRE A CIDADE E O CAMPO, pensando através de uma VISÃO AMPLA DA PAISAGEM (macropaisagismo): analisando potencialidades de cada local, acreditando na ação transformadora de indivíduos, comunidades e instituições na criação de novos modelos mais integrados e resilientes.
E, por que o desenho é tão importante? O desenho é o planejamento, o projeto ideal de engenharia, arquitetura, saneamento, mobilidade e áreas verdes. Todas estas organizações são implantadas através de um desenho (planejado ou não!).
Nestes desenhos abaixo está ilustrada como a organização das cidades evoluiu até hoje, no modelo INDUSTRIAL. E um exemplo de como poderia ficar, seguindo o MODELO REGENERATIVO.
por John Lyle
Toni Backes